Quem sou eu na internet?
Quando eu criei as minhas redes sociais e o meu Blog, o meu objetivo maior era estar mais próxima de quem curte meu trabalho e as coisas que posto, ter um espaço de troca de conhecimento e energia positiva e principalmente ser de VERDADE. Ser uma “personalidade” acessível e diminuir alguns mitos que envolvem o meio artístico.
Acredito que personalidades públicas, independente do que fazem, assumem uma responsabilidade social quando optam por uma carreira de exposição. Mesmo não buscando isso, acabam se tornando uma referência em vários setores: no que vestem, no que pensam, na maneira como se comportam e assim invadem os sonhos das pessoas que querem atingir aquele padrão, seja qual for.
Um dia eu postei uma frase sobre FELICIDADE no meu Instagram e uma seguidora fiel, comentou: – “Falou tudo Thata, às vezes eu fico me iludindo achando que só os outros são felizes porque tem isso, tem aquilo … ” E eu fiquei com esse comentário martelando na minha cabeça alguns dias. Será que somos de verdade no mundo das redes sociais? Será que estamos vendendo padrões de felicidade que não existem? Claro que ninguém tem que ficar se lamentando e falando de dores, frustrações e coisas íntimas, isso se faz com os amigos e familiares, pessoas que nos conhecem bem e podem nos orientar e aconselhar. Mas vender algo inatingível é muito perigoso, pois não existe felicidade eterna, a vida é feita de altos e baixos, de batalha, superações, vitórias e derrotas, enfim, aprendizados.
Uma das coisas mais tristes da rede social é o “troco likes” e o “sigo de volta” (SDV). Não consigo compreender o sentido de ter alguém te seguindo em troca de atenção e não porque você seja interessante naturalmente. Não entendo os motivos de alguém pedir um elogio para um estranho, que de repente nem te acha “lindo”, “fofo”, “muso”, “gostoso” e tal mas faz isso apenas para receber um elogio de volta. ELOGIOS VAZIOS.
Porque colecionar números virtuais e não amigos de verdade? Aquele que vai te elogiar e também te acarinhar quando precisar. Que estará ao seu lado em todos os momentos. Eu prefiro ter 10 seguidores dos quais eu saiba o nome e a história, que entram no meu Instagram e saibam se estou feliz ou triste, do que 100.000 imaginários. FANTASMAS.
E isso não acontece só com os anônimos que buscam popularidade. Muitos famosos por aí querem um afago no ego. Quantos em um dia de tristeza ou solidão extrema, de repente com uma vida vazia de amor e verdade, não exibem os músculos para ouvir elogios ou tentam ser engraçados para receber sorrisos e vender uma felicidade que não existe? Será que os elogios são para a pessoa física ou jurídica? De que vale saber que veneram somente a imagem e a fantasia que é vendida na internet e não a essência?
Hoje em dia, as leis para os crime na internet (graças a Deus) estão evoluindo. Pessoas que tem sua intimidade exposta, que são ofendidas, enfim, sofrem com os crimes virtuais, já podem recorrer à justiça.
E quando cometemos crime contra nós mesmos? Tentando ser alguém que não existe? Quem corrigirá essa injustiça?
Bem, ainda não sei se existe fórmula para isso, mas tento sempre seguir meu coração. Procuro ter foco nos meus posts e pensar sempre em todas as conseqüências da mensagem que estou levando e principalmente o retorno que quero daquilo. Se for algo vazio, para preencher, para simplesmente ter um afago no ego, eu não sigo em frente. É um exercício diário. Sou um ser humano como todos que tem os momentos de fraqueza, de solidão, de alegria extrema, carência, enfim, estou viva e sentindo. Porém, tento manter perto de mim e receber só o que é de verdade.
A palavra é verdade, sempre !
Bem, reflexão exposta e eu adoraria ter a participação de vocês nos comentários hoje respondendo as duas perguntas abaixo:
Você é de verdade na sua rede social?
De que maneira vocês me enxergam?
Tenham um lindo dia!
Beijocas,
Thaíssa.
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