Gorduras do Bem

31 de maio de 2016

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Quando alguém fala em gordura, qual é a primeira impressão que vem a sua cabeça?
Esse pode não ser o seu caso, mas, para uma grande maioria, a palavra é sinônimo de alimentação ruim, sobrepeso e até sedentarismo. O que elas não sabem é que há sim um tipo benéfico e até necessário para a saúde.
Gorduras são nutrientes que fornecem energia e participam de processos naturais e hormonais. Quando são produtivas (em outras palavras, de boa origem, predominantemente vegetal), elas são chamadas de gorduras boas ou insaturadas. Gorduras desse tipo fortalecem o sistema imunológico, promovem a saciedade, ajudam na absorção de vitaminas, previnem o aparecimento de doenças cardiovasculares e degenerativos e ajudam no controle do colesterol ruim.
As gorduras insaturadas na temperatura ambiente são líquidos oleosos.azeite

Azeite de Oliva, fonte de gordura insaturada.

Então todo óleo vegetal é bom?

Não! As gorduras insaturadas são classificadas em polinsaturadas e monosaturadas. A diferença está na quantidade de ligações de moléculas de carbono, algo aprofundado demais para tratarmos aqui, mas com a orientação certa, você saberá qual é a melhor fonte de gordura para a sua rotina. Afinal de contas, é para isso que existem as nutricionistas!

Particularmente, tenho aproveitado a qualidade dos alimentos ricos em gorduras boas cada vez mais. Muitas pessoas se privam de frutos excelentes, como abacate e coco, porque sentem medo de engordar. Nutri, abacate não engorda? Não é calórico? Vamos esquecer de uma vez por toda na contagem das calorias num plano alimentar, e sim pensar em qualidade do alimento. Esses alimentos gordurosos saudáveis são ricos em vitaminas, sais minerais, antioxidantes e podemos usa-los na famosa alimentação low carb (assunto para próximo post). Abacate, coco, oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes), açaí (fruta não adicionado ao guaraná natural), ovo, são alimentos com baixo teor de carboidrato.

cocoCoco e seu óleo com inúmeros benefícios. 

Trabalho muito com o que deve ser evitado e o pico de insulina no sangue, este sim deve ser evitado! Tanto a proteína quanto a gordura não oferecem esses riscos. Por isso, incluo no plano alimentar dos meus pacientes alimentos gordurosos como as oleaginosas, abacate e oriento o preparo do ovo (que de vilão, comprovadamente, não tem nada!) com azeite ou manteiga. Manteiga!? Pode isso, nutri? Claro que pode! Recomendo e faço o uso da manteiga ghee, clarificada e livre de lactose (essa sim faz juz a sua má fama) e é fonte de Vitamina E. Claro que tudo com moderação. Viu como uma boa gordurinha não faz mal a ninguém?

E aí, curtiram o post?

Para sugestão, só mandar email no Fale Comigo.

Beijocas,

Bárbara Martins.

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Entenda o Vegetarianismo

27 de outubro de 2015

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Vegetarianismo é o regime alimentar que exclui todos os tipos de carnes.

Existe algumas diferenças, e são divididos da seguinte maneira:
· Ovolactovegetarianismo: utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação.
· Lactovegetarianismo: utiliza leite e laticínios na sua alimentação.
· Ovovegetarianismo: utiliza ovos na sua alimentação.
· Vegetarianismo estrito: não utiliza nenhum produto de origem animal na sua alimentação. Costuma-se chamar de “vegano” também.

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Os vegetarianos devem estar atentos a nutrientes em que os alimentos de origem animal são fontes, como proteínas, cálcio, ferro, vitamina B12, zinco. É errado achar que o vegetariano, até mesmo o vegano possua deficiência proteica. O consumo de leguminosas, oleaginosas, grãos (quinoa, chia) garante um bom aporte de proteínas. O ferro é encontrado nas leguminosas, principalmente presente nos feijões. Excelente fonte de cálcio estão nas sementes (semente de chia, linhaça, amêndoa, castanhas, tofu, misso). As oleaginosas são fontes de Zinco.

Muitos vegetarianos e veganos podem apresentar deficiencia de Vitamina B12, uma dica seria o consumo de algas – elas contêm vitaminas do complexo B e possivelmente a B12 que tanto faz falta para quem não consome carne vermelha. Você pode comprar algas em casas de produtos naturais e fazer na salada ou consumir em cápsulas (clorella, spirulina, agar agar).

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Quanto ao ferro, nos alimentos vegetais, principalmente os verdes escuros, encontra-se a forma de ferro não-heme (fração menos absorvida do ferro). Porém ao associar esses vegetais com alimentos fontes de vitamina C (frutas cítricas como o abacaxi, o maracujá, acerola, laranja, limão, gojeberry potencializam a absorção do ferro não-heme.

A soja acaba tendo um valor nutritivo bem interessante para os vegetarianos, mas fica um alerta para a qualidade da soja, em que a maioria é transgênica. A melhor forma de consumí-la é na sua forma fermentada ou coagulada que são os casos do tofu e do misso, respectivamente.

Os cereais integrais como arroz integral, aveia, gérmen de trigo, levedo de cerveja e a própria quinoa vão ajudar no aporte de vitaminas do complexo B (é o responsável por energia celular) junto com os vegetais verde-escuro.

Não deixe de comer frutas, verduras e legumes frescos, de preferência da estação ou orgânicos, assim é mais fácil garantir as fontes de vitaminas e sais minerais do dia.

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Alimentos importantes na dieta vegetariana:

Leguminosas (feijões, lentilha, grão de bico, ervilhas, soja)
Soja orgânica (não transgênica) e derivados (tofu e misso)
Brotos
Quinoa
Semente de chia
Sementes oleaginosas (nozes e castanhas)
Vegetais verdes escuros
Algas
Cereais integrais

Com o aumento da procura de produtos vegetarianos/veganos e da preocupação de uma alimentação saudável, o mercado alimentício aumentou seu leque de opções com esses produtos. Utilizo muito na minha prática clinica os suplementos de proteína vegana a base de arroz ou ervilha ou quinoa, entre outros. Além de aumentar o aporte protéico do individuo, é um lanche rápido e pratico para rotina de trabalho.

Muito importante a variação desses alimentos, para que a rotina do vegetariano ou até mesmo vegano, não seja monótona e contenha todos os nutrientes para manter uma alimentação saudável e bem balanceada.

Ao tomar a decisão de se tornar vegetariano, independente das suas classificações, procure um nutricionista para equilibrar sua alimentação.

Beijocas,

Bárbara Martins.

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Entenda o Detox

22 de julho de 2015

A detoxificação é muito além do que o suco verde de cada dia. Apesar de usarmos com frequência, devido ser cientificamente comprovado a sua eficácia, não funciona para todos {mas isso seria para outro post}. A detoxificação é o processo realizado por um organismo, que busque a eliminação (ou redução da atividade) de determinadas substâncias, seja em nível celular ou em todo o organismo. Um dos principais objetivos da detoxificação é a transformação de elementos lipossolúveis (dissolvidos em gorduras) em hidrossolúveis (dissolvidos da água), possibilitando que o mesmo seja eliminado do organismo através da urina e da bile. Esse processo ocorre em todas as células, mas principalmente no fígado e no intestino. O organismo já realiza naturalmente, porém oferecemos meios e nutrientes para potencializar essa detoxificação.  Já que somos naturalmente bombardeados por xenobióticos (agrotóxicos, alimentos conservados em plásticos e alumínio como enlatados,  poluição, aditivos químicos como adoçantes,  conservantes,  aromatizantes, entre muitos outros). Os xenobióticos precisam ser eliminados do nosso organismo, exatamente com o processo chamado detoxificação. Portanto, para se fazer a famosa “detox” não faz sentido utilizar produtos industrializados,  já que são ricos em xenobióticos,  ricos em química. Além disso, são vendidos em plásticos.  Não queremos minimizar as toxinas e ajudar nosso organismo a trabalhar melhor?

Obs.: Vi uma sopa ‘’detox’’ no mercado com glutamato monossódico. Rico em sódio! Leiam rótulo sempre.01

Para começar a detoxificar seu organismo, seus alimentos precisam ser orgânicos ou da safra (livre de agrotóxicos e pesticida, quer algo mais tóxico que isso?) e não pode ter nenhuma substância química (sabe aquele adoçante que usa para adoçar o suco?).

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Suco laxativo:

Ingredientes:

½ mamão papaia

1 laranja

6 morangos orgânicos

1 col de sobremesa de semente de chia ou linhaça dourada

Modo de fazer: Deixar de molho por 8hs, 1 col de sobremesa de semente de chia ou linhaça dourada em 3 dedos de água. Bata os ingredientes + o gel formado pela hidratação da semente de chia ou linhaça dourada no liquidificador e beba sem coar.

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Suco para eliminar o inchaço:

Ingredientes:

½ talo de aipo

1 fatia de abacaxi

4 morangos orgânicos

4 colher de sopa de salsinha

100ml de água de coco

Modo de fazer: Juntar todos os ingredientes e bater no liquidificador.

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Suco detox:

Ingredientes:

1 maçã vermelha

1 limão espremido

½ pepino

1 folha de couve ou salsão

1 colher de sopa de semente de chia

100 ml de água de coco

1 pitada de gengibre em pó Hortelã

Modo de fazer: Bater todos os ingredientes no liquidificador.

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Espero que tenham gostado. Para dúvidas, só escrever no FALE COMIGO.

Beijos,

Bárbara Martins.

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Alimentação no inverno

29 de junho de 2015

Ahhh, o inverno está na área e com ele chega a preguiça. Ô vontade de ficar embaixo do edredom, né? Mas por quê será que no inverno engordamos mais que no verão? Será que o nosso metabolismo está mais lento?

NÃO !

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No verão temos a impressão de gastarmos mais energia por suarmos mais. Mas desde quando suor é sinônimo de perda de gordura? O corpo só está liberando o calor que está “sobrando”. No inverno, com a temperatura mais baixa, o tecido gorduroso tem um importante papel de manter a temperatura corporal, gastando muito mais energia. Para repor, o nosso corpo “pede” comida como fonte de energia, sendo ele principalmente de carboidratos (energia rápida). Aí fica claro aquele desejo incontrolável.

O que tem que ficar bem claro é que o desejo de comer não está só na necessidade de repor energia, mas também nas nossas cabeças. Inverno é sinônimo de preguiça (treinar menos logo gastar menos) e comer mais. Cuidado, no inverno estamos mais tampados e vestidos e só vamos reparar o estrago de um inverno com baixo treino e muita comilança quando chegar o verão. Ai já não vai dar mais tempo para queimar toda gordurinha adquirida. Aproveitem o inverno para turbinar ainda mais seu treino, já que seu metabolismo está gastando mais energia. Programe-se para perder uns quilinhos. Anime-se! Reeduque a sua alimentação e pratique uma atividade física.

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Inclua os alimentos termogênicos na sua rotina alimentar pois eles geram maior dificuldade para digerir, fazendo assim com que o corpo consuma mais calorias para a realizar a digestão. Ou seja, esse processo induz o metabolismo a trabalhar em ritmo acelerado, gastando mais calorias, podendo promover a queima de gordura e contribuir para o emagrecimento.

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Além disso, esses alimentos proporcionam inúmeros benefícios por seu poder anti-séptico, anti-inflamatório, de controle da glicemia e também oferecem doses extras de antioxidantes que são responsáveis pela defesa contra os radicais livres que em excesso causam o envelhecimento e a morte celular.

Observação:

Vale lembrar que gestantes, hipertensos e pessoas com problemas cardíacos e com hipertireoidismo devem ter maior cautela ao usar os alimentos termogênicos, e sempre consultar seu nutricionista.

Para que estes alimentos se tornem aliados no seu emagrecimento, lembre-se:

Incluir diariamente pelo menos três destes alimentos junto as refeições ou nos lanches, principalmente antes da atividade física (induz uma maior utilização da gordura como fonte de energia durante o treino).

Alimentos termogênicos mais utilizados:

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Beijos, 

Barbara Martins

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Entrando na linha!

10 de junho de 2015

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Muitas pessoas procuram os profissionais de Nutrição dizendo que comem pouco, e mesmo assim não conseguem emagrecer ou até mesmo engordam. Talvez esse “pouco” não esteja baseado nas escolhas ideais e saudáveis ou ficando muitas horas sem comer. A realidade é que a maioria dessas pessoas se alimentam errado e passam fome de comida real. Isso mesmo, comida de verdade, rica em nutrientes, vitaminas, sais minerais, fibras, antioxidantes e outros compostos que ajudam acelerar o metabolismo. Escolhem comidas práticas, processadas, industrializadas, ricas em sódio e química. A comida industrializada torna o Ph sangüíneo ácido, gerando lentidão no organismo e retenção hídrica. Já os alimentos que chamo de “limpos” (frutas, legumes, verduras,  oleaginosas,  arroz, feijão, entre outros) tornam o Ph sangüíneo básico,  agindo como detox.

O que você, possivelmente, está  fazendo de errado?

1) Você não está consumindo VITAMINAS E MINERAIS? Ou optando por comidas processadas no almoço,  barras de cereais ao invés da fruta nos lanches? Monte seu dia bem colorido, com variedade de legumes, verduras e frutas. Quanto mais colorida suas refeições, mais vitaminas, sais monerais e fibras no seu dia a dia! Estudos mostram que as pessoas com síndrome metabólica – associada à obesidade – têm níveis significativamente mais baixos de vitaminas C, E e A. Os níveis de Vitamina D são um bom indicador para a obesidade: quanto menor o nível de vitamina D mais provável é a obesidade. Prencha seu dia com alimentos vindo da terra e não os vindo de muito tempo na prateleira de mercado.  Quanto maior o tempo de durabilidade do produto no mercado,  mais rico em química ele possui. E quanto mais química nos alimentos, mais prejuízo na digestao e mais lento o organismo fica. .

2) Você está  bebendo ÁGUA SUFICIENTE? Deixar de beber água também pode aumentar a obesidade. Nosso corpo precisa de água para metabolizar o alimento. Se você beber pouca água o seu metabolismo irá diminuir e você ganhará quilos extra ao invés de queimá-los. Consumo de agua: 30 ml x peso. Exemplo : 30 ml x 50kg = 1500ml

post3Não deixem de se hidratar. No frio, tendemos a beber pouca água.

3) Você não está consumindo GORDURAS BOAS? Coloque na sua rotina as oleaginosas  (castanha de caju, castanha do Pará, amêndoa,  avelã. .), azeite extra virgem, abacate. São ótimas fontes de gordura boa e essenciais para manter os níveis de colesterol adequado para produção de hormônios. A gordura também ajuda a diminuir índice glicêmico dos carboidratos. Portanto, uma excelente dica de lanche saudável leve seria uma fruta + mix de oleaginosas.

DICA: você pode separar as suas oleaginosas da semana em sacos de sacolé (geladinho). Assim fica mais prático de levar na medida para o lanche.

4) Você não está ingerindo ANTIOXIDANTES? Os baixos níveis de antioxidantes no sangue estão associados com a SÍNDROME METABÓLICA – obesidade. Estudos referem que comer mais alimentos de origem vegetal, ricos em FITOQUÍMICOS, parece prevenir o estresse oxidativo no corpo, um processo associado com a obesidade. .

5) Você não está comendo FIBRAS? As fibras alimentares do tipo solúveis são muito importantes no tratamento da obesidade. Sua principal ação é formar géis no estômago, formando bolos alimentares mais viscosos que influenciam nas respostas nervosas dizendo ao organismo que está saciado. Além de diminuir o índice glicêmico dos carboidratos e diminuir absorção de gorduras e açúcares.

IMPORTANTE: reduza a exposição aos alimentos geneticamente modificados e produtos químicos tóxicos, já que ambos contribuem para obesidade.

Procure um nutricionista e adeque sua alimentação com sua rotina.

É isso, vamos cuidar do nosso maior bem: nossa saúde.

Beijocas,

Bárbara Martins.

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